domingo, 2 de setembro de 2012

Surge uma nova sensação no Heavy Metal Sueco: Ghost....




Os shows parecem uma missa negra pregando um satanismo de fachada, com vocalista se apresentando com uma túnica de cardeal e uma máscara de caveira. Essa é Ghost uma banda pouco conhecida da Suécia.
Apesar das apresentações enigmáticas e teatrais, a música não fica a desejar – resgatam o velho e bom Heavy Metal e Hard Rock feitos nos anos 70 e 80.
É por seguir uma linha mais retrô que a banda é muito comparada a grupos como Meryful Fate (ou King Diamond), Blue Oyster Cult e a banda de Ozzy Osbourne no início. Formada em 2008, na Suécia a discografia do Ghost ainda é pequena, consistindo de uma demo, um EP e o álbum “Opus Eponymous”, que foi recentemente lançado no Brasil pela Hellion Records.
O álbum é muito legal, com pitadas de pop e AOR (alguns até os batizaram de AOR-satânico). Os seus riffs são cativantes e comandados por um vocal limpo – em uma época em que o legal é cantar com voz rasgada. “Opus Eponymous” soa como se fosse um álbum clássico gravado na década de 70 e remasterizado para os padrões atuais. Até o tempo de duração do álbum segue o padrão de duração da época dos LP´s, com não mais de 35 minutos.
“Deus Culpa”, a faixa que abre o álbum soa sombria com um órgão (lembra a obscura banda italiana setentista Jacula), que serve para introduzir “Con Clavi Con Dio”, onde o baixo tem papel importante, mas é em “Ritual” que somatiza todo potencial da banda; é metal, é pop, é hard rock. E junto a música seguinte, Elizabeth (mais uma banda sueca a fazer canção sobre a sanguinária condessa Bathory), são os hits do grupo.
Felizmente para os amantes do metal, Ghost reserva algumas cartas na manga para a segunda metade do álbum. Este é o lugar onde as coisas ficam realmente interessantes. Sem perder o senso de melodias cativantes, a banda proporciona composições menos lineares e riffs mais aventureiros. Particularmente em “Satan Prayer”, faixa na qual os dois guitarristas tocam ao mesmo tempo riffs diferentes, mas que se entrelaçam de forma harmônica. A penúltima “Prime Mover”, uma gloriosa canção, conecta lindamente com a instrumental, “Genesis”, que fecha o álbum. Música guiada por uma linha de teclado que lembra as trilhas- sonoras dos filme de terror do Dario Argento. Eis um grande final.
Não tive a chance de conferir, mas so pela descrição parece ser uma boa banda....

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