Os shows parecem uma missa negra pregando um
satanismo de fachada, com vocalista se apresentando com uma túnica
de cardeal e uma máscara de caveira. Essa é Ghost uma banda pouco conhecida da Suécia.
Apesar das apresentações enigmáticas e
teatrais, a música não fica a desejar – resgatam o velho e bom
Heavy Metal e Hard Rock feitos nos anos 70 e 80.
É por seguir uma linha mais retrô que a banda
é muito comparada a grupos como Meryful Fate (ou King Diamond), Blue
Oyster Cult e a banda de Ozzy Osbourne no início. Formada em 2008,
na Suécia a discografia do Ghost ainda é pequena, consistindo de
uma demo, um EP e o álbum “Opus Eponymous”, que foi recentemente
lançado no Brasil pela Hellion Records.
O álbum é muito legal, com pitadas de pop e
AOR (alguns até os batizaram de AOR-satânico). Os seus riffs são
cativantes e comandados por um vocal limpo – em uma época em que o
legal é cantar com voz rasgada. “Opus Eponymous” soa como se
fosse um álbum clássico gravado na década de 70 e remasterizado
para os padrões atuais. Até o tempo de duração do álbum segue o
padrão de duração da época dos LP´s, com não mais de 35
minutos.
“Deus
Culpa”, a faixa que abre o álbum soa sombria com um órgão
(lembra a obscura banda italiana setentista Jacula), que serve para
introduzir “Con Clavi Con Dio”, onde o baixo tem papel
importante, mas é em “Ritual” que somatiza todo potencial da
banda; é metal, é pop, é hard rock. E junto a música seguinte,
Elizabeth (mais uma banda sueca a fazer canção sobre a sanguinária
condessa Bathory), são os hits do grupo.
Felizmente para os amantes do metal, Ghost
reserva algumas cartas na manga para a segunda metade do álbum. Este
é o lugar onde as coisas ficam realmente interessantes. Sem perder o
senso de melodias cativantes, a banda proporciona composições menos
lineares e riffs mais aventureiros. Particularmente em “Satan
Prayer”, faixa na qual os dois guitarristas tocam ao mesmo tempo
riffs diferentes, mas que se entrelaçam de forma harmônica. A
penúltima “Prime Mover”, uma gloriosa canção, conecta
lindamente com a instrumental, “Genesis”, que fecha o álbum.
Música guiada por uma linha de teclado que lembra as trilhas-
sonoras dos filme de terror do Dario Argento. Eis um grande final.
(texto extraído do
site: http://bagarai.com.br/ghost-a-nova-sensacao-do-heavy-metal.html)
Não
tive a chance de conferir, mas so pela descrição parece ser uma boa
banda....